Não, as necessidades são as mesmas, o que muda é a forma para obter essa proteína.
O que devo colocar no lugar da carne?
Não troque a carne por ovos e queijos, pois essa substituição é inadequada em termos de necessidades nutricionais.
Leguminosas são as substitutas ideais para as carnes. Isso inclui grão-debico, ervilhas, lentilhas, favas, soja e todos os tipos de feijão. Por serem mais nutritivas e ricas em proteínas, são escolhas mais adequadas do que a PVT (proteína vegetal texturizada, conhecida como “carne de soja”). O tofu entra como parte do grupo dos feijões, por ser derivado da soja. Ele é uma boa opção, pelo seu alto teor de proteínas e por conter cálcio biodisponível.
A questão da proteína disponível nos alimentos de origem animal e vegetal gera muita confusão. Vale lembrar também que as proteínas são compostas de aminoácidos, e que não existe nenhum aminoácido essencial necessário ao organismo humano que não seja encontrado em abundância nos alimentos do reino vegetal.
Os cereais integrais (arroz integral, aveia, centeio, quinua, trigo) e as leguminosas (todos os tipos de feijões) contêm todos os aminoácidos essenciais, mas em proporções diferentes; por isso é interessante consumir cereais e leguminosas diariamente. Não precisam estar na mesma refeição, mas é bom que sejam ingeridos no mesmo dia.
As oleaginosas (amêndoas, noz pecan, amendoim, avelã, castanha de caju, castanha do Para, linhaça, semente de abóbora, semente de girassol, nozes, pistache e macadâmia) também são fontes de proteína.
Os alimentos de origem vegetal (exceto feijões) contêm menos proteínas do que as fontes animais, mas, mesmo assim, em teor maior do que o organismo humano necessita. Além disso, as fontes mais proteicas de origem vegetal contêm boa quantidade de fibras e diversos micronutrientescom baixo teor de gordura. Como o nosso organismo não estoca proteínas, todo excesso ingerido se transforma em carboidrato e gordura. O uso de proteína animal em excesso também traz excesso de gorduras saturadas, pouco ou nenhum carboidrato e nada de fibras
A ingestão de proteínas numa dieta equilibrada deve permanecer entre 10% a 15% do volume calórico ingerido. Se o indivíduo supre diariamente a necessidade calórica total com alimentos baseados em grãos (cereais e feijões), automaticamente a sua cota proteica é atingida, incluindo todos os aminoácidos essenciais, não há diferença na incorporação da proteína no corpo humano, seja ela do reino animal ou vegetal. A proteína é um dos nutrientes mais fáceis de obter, mesmo com hábitos alimentares inadequados, desde que não haja restrição da quantidade de energia consumida.
Fonte: SVB – Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos
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